Outro aspecto muito fundamental para o cuidado com a saúde da criança é o manejo adequado das infecções respiratórias agudas. É comum a recorrência desses quadros, que podem chegar a dezenas, segundo o autor. São apresentados a prevalência delas conforme a idade e os fatores de risco para as crianças, explicando que podem ser classificados de acordo com a localização anatômica em infecção respiratória aguda das vias aéreas superiores e inferiores. São detalhados aspectos relativos às infecções respiratórias agudas das vias aéreas superiores, como a otite média aguda, a sinusite aguda, a faringite, a amigdalite, a laringite, a laringotraqueobronquite (Crupe), bem como das vias aéreas inferiores, como a bronquite aguda, a bronquilite e a pneumonia, apresentando os agentes etiológicos envolvidos e as formas de tratamento, esclarecendo em que casos os antibióticos devem ser utilizados e quais são os mais indicados para cada caso.
No caso de Amanda, embora a rinofaringite tenha evoluído para um quadro de bronquite, ela não apresentava taquipneia nem esforço respiratório e, portanto, o tratamento foi sintomático, corroborando como indicado no tema Infecções agudas de vias aéreas , e evoluiu de forma satisfatória. A avaliação cuidadosa desses casos é imperativa, pois as infecções respiratórias agudas (IRA) representam uma das cinco principais causas de óbito entre as crianças menores de cinco anos de idade nos países em desenvolvimento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza a valorização da queixa de tosse e frequência respiratória elevada como um indicativo de pneumonia em crianças menores de cinco anos e apresenta os critérios de classificação da gravidade de pneumonias em crianças de dois meses a cinco anos de acordo com o proposto pela OMS em 2005 (Diretrizes Brasileiras em Pneumonia Adquirida na Comunidade em Pediatria, 2007), sendo uma excelente leitura complementar para aprofundamento do tema.