Sistemas de informação

Joel Levi Ferreira Franco


Programas mais utilizados nas Equipes de Saúde da Família

Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES)

Esse sistema integra todas as informações relacionadas aos recursos físicos e humanos disponíveis para o uso do SUS, permitindo aos gestores saber qual o volume de equipamentos disponíveis para prestar assistência à saúde de sua população. Com ele é possível saber, por exemplo, número de consultórios, número de equipamentos para suporte à vida, número de profissionais que atuam no estabelecimento com carga horária semanal, quais modalidades de assistência são prestadas e muito mais informações. A página para acesso é: http://cnes.datasus.gov.br/.

CNES/DATASUS (acessado em 7 de março de 2012).

 

Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIASUS)

Esse sistema é utilizado para consolidar os Boletins de Produção Ambulatorial (BPA) e Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade (APAC), permitindo o repasse financeiro para estados e municípios segundo parâmetros orçamentários estipulados pelos gestores. O BPA e a APAC são consolidados mensalmente a partir da informação prestada pelos profissionais envolvidos na assistência ao cidadão. A página para acesso é: http://sia.datasus.gov.br/.

SIASUS/DATASUS (acessado em 7 de março de 2012).

 

Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI)

Esse sistema permite o monitoramento do programa de imunização a partir dos registros de aplicação dos imunobiológicos realizados pelos profissionais da saúde, bem como o controle de estoque desses imunobiológicos. A página para acesso é: http://pni.datasus.gov.br/.

SI-PNI/DATASUS (acessado em 7 de março de 2012).

 

Sistema de Informações do Câncer de Colo do Útero e Sistema de Informação do Câncer de Mama (SISCOLO/SISMAMA)

Esse sistema faz parte do Programa Nacional de Controle de Câncer do Colo de Útero e Mama, coletando e processando informações clínicas a respeito de pacientes e laudos de exames, bem como informações demográficas e epidemiológicas para monitoramento da qualidade na rede de coleta e diagnóstico desses exames. A página para acesso é: http://w3.datasus.gov.br/siscam/index.php.

SISCOLO/SISMAMA (acessado em 7 de março de 2012).

 

Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (SISHIPERDIA)

Esse sistema tem como objetivo cadastrar e monitorar pessoas com hipertensão arterial e Diabetes Mellitus. Por ele obtêm-se informações relacionadas às medicações dispensadas e ao perfil clínico dos pacientes. A página para acesso é: http://hiperdia.datasus.gov.br.

SISHIPERDIA (acessado em 7 de março de 2012).

 

Sistema de Acompanhamento da Gestante (SISPRENATAL)

Esse sistema foi elaborado para o acompanhamento e o monitoramento das gestantes no Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento, de modo a dar informações que subsidiem o planejamento e a avaliação das ações de assistência à gestante e à puérpera. A página para acesso é: http://sisprenatal.datasus.gov.br.

SISPRENATAL (acessado em 7 de março de 2012).

    A Portaria no 569 de 1o de junho de 2000 instituiu o Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento, estabelecendo mecanismos para a melhoria da assistência à gestante e ao recém-nascido. Nessa portaria são definidas as diretrizes do programa. Vale destacar que o incentivo financeiro ao município pleiteante está atrelado a uma rede adequada de atendimento e realização de exames, conforme descrito a seguir:

    1- Realizar a primeira consulta de pré-natal até o 4o mês da gestação;
    2- Realizar, no mínimo, 6 (seis) consultas de acompanhamento pré-natal, sendo, preferencialmente, uma no primeiro trimestre, duas no segundo e três no terceiro trimestre da gestação;
    3- Realizar 1 (uma) consulta no puerpério, até 42 dias após o nascimento;
    4- Realizar os seguintes exames laboratoriais:
    a) ABO-Rh, na primeira consulta;
    b) VDRL, um exame na primeira consulta e um na 30a semana da gestação;
    c) Urina – rotina (elementos anormais e sedimentos), um exame na primeira consulta e um na 30a semana da gestação;
    d) Glicemia de jejum, um exame na primeira consulta e um na 30a semana da gestação;
    e) HB/Ht, na primeira consulta.
    5- Oferta de Testagem anti-HIV, com um exame na primeira consulta, naqueles municípios com população acima de 50 mil habitantes;
    6- Aplicação de vacina antitetânica dose imunizante (segunda do esquema recomendado) ou dose de reforço em mulheres já imunizadas;
    7- Realização de atividades educativas;
    8- Classificação de risco gestacional a ser realizada na primeira consulta e nas subsequentes;
    9- Garantir às gestantes classificadas como de risco atendimento ou acesso à Unidade de referência para atendimento ambulatorial e/ou hospitalar à gestação de alto risco (BRASIL, 2000).

    Toda gestante cadastrada no município recebe um número fornecido a partir de uma base nacional que a identifica no SISPRENATAL. Um dos problemas enfrentados pelos municípios é a alimentação das informações para o sistema, pois muitas vezes são feitos o atendimento, a execução dos exames e as vacinas, porém o preenchimento da ficha nem sempre ocorre adequadamente, o que compromete a "conclusão" do pré-natal após a consulta de puerpério até 42 dias. Assim, essa problemática deve ser enfrentada por meio da capacitação e da sensibilização dos profissionais da saúde quanto à importância dessa anotação não só porque o repasse financeiro ao município está condicionado a essa exigência, mas principalmente pela qualidade da informação para a gestão.

Especialização em Saúde da Família
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