Sérgio
Gustavo Gusso


A incerteza, a consulta, a medicina centrada na pessoa e os riscos

Medicina centrada na pessoa

Em sua sistematização, Pandleton cita vários métodos que procuram aproximar as agendas e fazer com que o profissional consiga contemplar ações de prevenção primária ou secundária, sem deixar de esgotar as queixas dos pacientes. Um dos métodos de maior sucesso é o Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP) (STEWART et al., 2003). Esse método subdivide a consulta em seis componentes, sendo o primeiro "explorar a enfermidade (illness) e a experiência da doença (disease)". Na representação gráfica (Figura 3) há um pequeno raio entre os dois polos, e é importante durante a consulta explorar também o que os autores do método chamam de FIFE: sentimentos (ou feelings), ideias (ou ideas), função (ou function) e expectativas (ou expectation). No caso de Sérgio, como não foi explorado esse componente em relação às suas queixas principais, é difícil saber quais eram seus medos, ideias e expectativas. Sabemos apenas que praticamente nenhum minuto foi gasto com a insônia, a irritabilidade e a perda da memória tanto no acolhimento quanto na consulta com o médico.

Figura 3 – Componente 1 do MCCP: Explorando a enfermidade e a experiência da pessoa em estar doente



Especialização em Saúde da Família
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