Dona Margarida
Marcelo Marcos Piva Demarzo, Julie Silvia Martins e Lucilia de Fatima Auricchio
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Contextualização

Gestão da clínica e do trabalho em equipe

Este caso apresenta um tema de suma importância para a organização do trabalho dos profissionais e equipes: a visita domiciliar. Aqui será dado foco para as visitas dos profissionais enfermeiros, médicos e dentistas, sendo as visitas dos ACS e auxiliares tratadas em outro momento.

Sendo as visitas domiciliares parte da agenda programática da Estratégia Saúde da Família (ESF), muitos profissionais, como os da equipe da UBS Santo Antônio, não têm experiência e/ou rotina para sua organização. Acabam por realizá-las por demandas urgentes ou quando o ACS julga necessário, somente. O tema Atenção Domicilar apresenta uma reflexão acerca do assunto, inclusive uma discussão mais aprofundada sobre as visitas de urgência na ESF e a utilização de escalas de priorização e classificação.

Observamos neste caso que tanto Érico quanto Joana se surpreendem ao perceber a necessidade de fazer uma visita inesperadamente. O dentista pela inexperiência e a médica pelo fato de entender que a ESF é um espaço para promoção e prevenção de saúde, e não para assistência de urgência. Mesmo assim, deixa de ir ao "grupo" de diabéticos e prioriza a visita, por se perceber responsável pela paciente. Ambos conseguem, habilmente, superar suas angústias e voltar sua prática à necessidade da comunidade, que é na realidade um dos fundamentos da Atenção Primária à Saúde (APS).

Outra questão referente à gestão da clínica e do trabalho em equipe, e que se correlaciona com o que abordamos nos cuidados familiares, seria:

Como identificar "famílias de risco", priorizando cuidados integrados para esses grupos de maior vulnerabilidade?

Não existe apenas uma resposta para essa pergunta, e o mais importante é a própria equipe discutir e chegar a consensos sobre como organizar sua agenda e atividades junto às famílias. Vale lembrar, porém, que alguns autores já se debruçaram sobre essa questão, como Coelho e Savassi, que desenvolveram uma escala de risco para o trabalho com famílias na APS (conheça-a em http://rbmfc.org.br/index.php/rbmfc/article/view/104/pdf), e o próprio Ministério da Saúde e seus parceiros, que elaboraram um manual para a organização da Atenção Domicilar na APS.

 

 

Especialização em Saúde da Família
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