Conclusões

Os tempos atuais apontam muitas indefinições. É impossível dizer com clareza o que acontecerá com o SUS nos próximos anos. É impossível negar, entretanto, que ainda que esteja em processo permanente de construção, ao longo das últimas três décadas o SUS se constituiu como uma política pública (de Estado).

Os avanços são inquestionáveis, tendo produzido a ampliação do acesso, impactos significativos sobre os indicadores demográficos e epidemiológicos, tendo alcançado significativa legitimação social (ainda que aquém da desejada) e considerável respeito e reconhecimento internacional.

O SUS é a mais importante e consistente experiência democrática de reforma do Estado brasileiro em curso. É uma conquista da sociedade brasileira, um projeto ético-político civilizatório que se funda nos princípios da solidariedade e da justiça social e pelo qual vale a pena continuar lutando.

Os desafios que enfrentamos são em parte inerentes à complexidade da nossa realidade. O Brasil é um país de dimensões continentais (com 8,5 milhões Km²), vultuosa dimensão populacional (209 milhões de habitantes), grandes diferenças regionais, estrutura econômica-social heterogênea e que experimenta significativas mudanças demográficas, nutricionais e epidemiológicas. São também, todavia, expressão dos impasses e contradições dos diferentes projetos em disputa na sociedade.

O SUS depende da atuação concreta de milhares de trabalhadores das equipes da ESF espalhadas por todo o país, para que suas ações em defesa da saúde e da vida tornem-se realidade para milhões de brasileiros e brasileiras!

Após a leitura desta unidade, gostaríamos que você pudesse refletir, em profundidade, sobre o que está ao seu alcance e da equipe com a qual você trabalha, para a concretização dos princípios de universalidade, integralidade e equidade, visando garantir um cuidado com qualidade e humanizado, preconizados pelo SUS.